VOCÊ ENCONTROU O QUE QUERIA? PESQUISE. Nas guias está a matéria que interessa a você.

TENTE OUTRA VEZ. É só digitar a palavra-chave.

TENTE OUTRA VEZ. É só digitar a palavra-chave.
GUIAS (OU ABAS): 'este blog', 'blogs interessantes', 'só direito', 'anotações', 'anotando e pesquisando', 'mais blogs'.

terça-feira, 11 de março de 2008

INFECÇÃO HOSPITALAR

O que é infecção?

Infecção é uma doença que envolve microrganismos (bactérias, fungos, vírus e protozoários). Inicialmente ocorre a penetração do agente infeccioso (microrganismos) no corpo do hospedeiro (ser humano) e há proliferação (multiplicação dos microrganismos), com conseqüente apresentação de sinais e sintomas.

Estes sinais e sintomas podem ser, entre outros: febre, dor no local afetado, alteração de exames laboratoriais, debilidade, etc.

As infecções podem acometer diversas localizações topográficas de um indivíduo (partes do corpo), ou disseminar-se pela corrente sangüínea.

Alguns agentes têm “preferência” por determinadas localizações topográficas, assim a localização da infecção depende do tipo de microrganismo.

O que é Infecção Hospitalar?


A infecção hospitalar é uma síndrome infecciosa (infecção) que o indivíduo adquire após a sua hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial. Entre os exemplos de procedimentos ambulatoriais mais comuns estão: cateterismo cardíaco, exames radiológicos com utilização de contraste, retirada de pequenas lesões de pele e retirada de nódulos de mama, etc.

A manifestação da infecção hospitalar pode ocorrer após a alta, desde que esteja relacionada com algum procedimento realizado durante a internação. Somente um profissional treinado (médico ou enfermeiro com qualificação especial em Infecção Hospitalar) pode relacionar sinais e sintomas de infecção com procedimentos realizados em unidades de saúde e realizar o diagnóstico de infecção hospitalar.

Quais são os riscos de um indivíduo adquirir infecção hospitalar?

O atendimento em unidades de saúde apresenta atualmente grande evolução tecnológica. Pacientes que no passado iriam evoluir a óbito, atualmente não só sobrevivem, como têm boa expectativa de vida, muitas vezes, sem seqüelas.

Situações como as de acidentes automobilísticos graves, recém-nascidos prematuros ou de baixo peso e indivíduos que necessitam de transplante de órgãos, são uma demonstração de como o atendimento hospitalar evoluiu.

Em contrapartida, esta melhoria no atendimento e avanço tecnológico aumentou o número de procedimentos possíveis de serem realizados num hospital. Procedimentos que, ao mesmo tempo em que prolongam a vida, trazem consigo um risco aumentado de infecção.

Muitos destes procedimentos são invasivos, isto é, penetram as barreiras de proteção do corpo humano. A primeira barreira de proteção do corpo é a pele, entretanto, é a que mais freqüentemente é rompida por procedimentos hospitalares (ex.: punção de veia para instalação de soro ou coleta de sangue). Ou seja, a melhoria no atendimento possibilita maior sobrevida, mas têm o ônus de elevar o risco de infecção.

Estas técnicas invasivas favorecem a penetração de microrganismos que não pertencem ao corpo do hospedeiro. Para evitar que esta penetração ocorra, os procedimentos precisam ser padronizados de modo a serem desenvolvidos de maneira asséptica (sem a penetração de microrganismos).

Qual a finalidade de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar?

Uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) possui profissionais que deverão executar as seguintes tarefas:

- Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos previamente estabelecidos.

- Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no serviço e definir se a ocorrência destes episódios de infecção está dentro de parâmetros aceitáveis. Isto significa conhecer a literatura mundial sobre o assunto e saber reconhecer as taxas aceitáveis de infecção hospitalar para cada tipo de serviço.

- Elaborar normas de padronização para que os procedimentos realizados na instituição sigam uma técnica asséptica (sem a penetração de microrganismos), diminuindo o risco do paciente adquirir infecção.

- Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares.

- Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmos sejam utilizados de maneira descontrolada no hospital.

- Recomendar as medidas de isolamento de doenças transmissíveis, quando se trata de pacientes hospitalizados.

- Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física das unidades de saúde.

Quem são os profissionais que participam de uma CCIH?

É necessário que os profissionais que participam de uma CCIH possuam treinamento para a atuação nesta área. Há exigência legal para manutenção de pelo menos um médico e uma enfermeira na CCIH de cada hospital. Isto está regulamentado em portaria do Ministério da Saúde.

Outros profissionais do hospital também devem participar da CCIH. Eles contribuem para a padronização correta dos procedimentos a serem executados. Estes profissionais devem possuir formação de nível superior e são: farmacêuticos, microbiologistas, epidemiologistas, representantes médicos da área cirúrgica, clínica e obstétrica. Representantes da administração do hospital devem atuar também na CCIH para colaborar na implantação das recomendações.

Por que a lavagem de mãos é importante na prevenção de infecções hospitalares?

A lavagem de mãos é a arma mais importante e econômica na prevenção das infecções hospitalares. Ela impede que microrganismos presentes nas mãos dos profissionais de saúde sejam transferidos para o paciente.

A infecção de um paciente pode ser transmitida de um paciente para outro (infecção cruzada), caso a lavagem de mãos não seja praticada.

Por que não se devem comparar taxas de infecção hospitalar entre hospitais?

Cada hospital possui uma clientela diferente e variados níveis de atendimento. Dentro de um mesmo hospital o risco de adquirir infecção hospitalar também varia, de acordo com os diversos serviços e procedimentos realizados. Só um profissional qualificado pode reconhecer as circunstâncias que permitem a comparação entre serviços. Caso contrário, as taxas de infecção hospitalar tornam-se um número sem sentido, podendo parecer muito ou pouco, conforme o entendimento pessoal, porém sem base científica.

Existe hospital com índice zero de infecção hospitalar?

Atualmente, o conhecimento científico permite saber qual o risco potencial de infecção hospitalar envolvido em cada procedimento realizado. Antes de identificar se o índice é realmente zero, é preciso saber se a detecção de episódios de infecção hospitalar está sendo conduzida por pessoal qualificado e se a CCIH está efetivamente trabalhando.

Curiosidade

Ignaz Philipp Semmelweis, médico obstetra é considerado o pai do controle de infecções hospitalares.

Em meados de 1840, este médico observou diferença de número de casos de infecções puerperais (infecções pós-parto) em duas clínicas do hospital de Viena. Na primeira clínica, as gestantes eram examinadas por estudantes de medicina que circulavam livremente entre a sala de autópsia e nesta enfermaria. Na segunda clínica, os atendimentos eram realizados por parteiras e o número de infecções puerperais era muito menor.

É importante lembrar que nesta época ainda não se conheciam os estudos de Pasteur a respeito da origem das infecções, então a existência de microrganismos não era conhecida.

Certa vez, durante a realização de uma necropsia, um dos amigos de Semmelweis, foi ferido acidentalmente por um bisturi. Este profissional adquiriu uma infecção similar à das puérperas, levando Semmelweis a concluir que o mesmo havia sido contaminado pela “matéria cadavérica” que foi introduzida no sistema sangüíneo. Tal qual o bisturi da dissecção que introduziu material cadavérico na corrente sangüínea do patologista, as mãos contaminadas dos médicos estudantes carregavam material cadavérico da sala de autópsia para a mulher durante o exame de toque vaginal e o parto.

Em maio de 1847 Semmelweis tornou compulsório para todos os médicos, estudantes de medicina e pessoal da enfermagem a lavagem das mãos com uma solução clorada, reduzindo drasticamente a mortalidade por infecção puerperal.

A queda dos índices de infecção puerperal foi importante: de 12,24% para 1,89%!

A Dama do Lampião

Florence Nightingale foi uma enfermeira que atuou de maneira decisiva na guerra da Criméia, em 1854. Ela melhorou as condições sanitárias do hospital de atendimento de feridos de guerra, instalando condições adequadas de higiene na cozinha, lavanderia e quartos dos pacientes. Com isto, obteve significativa redução de mortalidade.

Além disto, durante a noite, costumava fazer suas rondas com um lampião, levando assistência, afeto e conforto aos doentes, tendo sido imortalizada com o título “A Dama do Lampião”.

Demonstrando conhecimentos em estatística, usou de métodos científicos, apresentando estes dados em gráficos, iniciando registro de óbitos e dados dos pacientes.

Todos os hospitais devem possuir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar?

Segundo a portaria do Ministério da Saúde n. 2616, de 1998, todos os hospitais devem possuir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

Outubro de 2003.

(1)Enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher (CAISM)
da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

(2)Enfermeira, Diretora Técnica da Divisão de Infecção Hospitalar do Centro de Vigilância Epidemiológica
“Prof. Alexandre Vranjac (CVE) da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo”.



Enfa. Janice F.F. S. Veiga(1)
Enfa. Maria Clara Padoveze(2)

Nenhum comentário:

ITANHAÉM, MEU PARAÍSO

ITANHAÉM, MEU PARAÍSO
Você é especial, essencial, essência. Jamais desista de você.

MARQUINHOS, NOSSAS ROSAS ESTÃO AQUI: FICARAM LINDAS!

MARQUINHOS, NOSSAS ROSAS ESTÃO AQUI: FICARAM LINDAS!